Recentemente o governador João Dória anunciou o plano do governo do Estado de São Paulo de retomar as aulas presenciais no dia 07 de outubro. É no mínimo preocupante essa postura do governador de reabrir as escolas em meio a uma pandemia descontrolada e que causou mais de 128 mil mortes em nosso país. 

O retorno às aulas deve obedecer a critérios técnicos e epidemiológicos que garantam uma retomada segura do ensino presencial, em que os níveis de transmissão do vírus não representem um risco de proliferação da COVID-19 pela população.

Empurrar para as famílias a decisão de seus filhos e filhas frequentarem ou não a escola, como tem afirmado o governo Dória, é de uma irresponsabilidade sem precedentes e demonstra que o governador não está preocupado com a vida das e dos estudantes, de suas famílias e de todas e todos trabalhadores da área da educação. 

Na região do Grande ABC a situação ainda continua delicada, uma vez que o número de internações  e de mortes pela COVID-19 aumentou nos últimos 14 dias e pode levar a região a regredir para a fase laranja do Plano São Paulo (programa que traça as diretrizes de flexibilização da quarentena).

Uma reabertura segura e responsável é obrigação dos governos estaduais e municipais, que neste período devem garantir o ensino à distância, preservando ao máximo a qualidade do ensino bem como a saúde mental de estudantes e professores(as) durante a pandemia. 

A retomada das aulas presenciais deve ser pautada pela prioridade da vida e da saúde das pessoas.

Afinal, o ano letivo se recupera, as vidas não.