O Comugesan (Conselho Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental de Santo André) não foi informado previamente sobre uma obra que acontece no campo de futebol do Parque Central, que tem derrubado diversas árvores de grande porte no local. 

De acordo com funcionários que trabalham na obra, a prefeitura vai transformar o campo de futebol do parque, atualmente de grama natural, em uma quadra de campo sintético e as remoções acontecem por conta do sistema de instalação do equipamento.  

Nesta, terça, 19 de março, a prefeitura mobilizou a sua base na Câmara para barrar um requerimento de informação do vereador Ricardo Alvarez (PSOL), que cobrava detalhamento sobre a DERRUBADA INDISCRIMINADA DE ÁRVORES no Parque. 

“Eles realizam um corte indiscriminado de árvores gigantescas para instalar grama sintética no parque, em plena emergência climática. Isso é um crime! A nossa lógica é contrária: deixa a grama natural, deixa as árvores e aumenta o plantio no Parque”, questionou Alvarez.  

De acordo com a lei 8.628/2004, que trata da supressão, da poda e da substituição das árvores, estas ações são “autorizadas pelo órgão municipal competente, ouvido o Conselho Municipal de Preservação da Arborização e Áreas Verdes Urbanas de Santo André”, com emissão de “laudo elaborado por técnico legalmente habilitado”.  

Entre as espécies derrubadas desde o início das obras, estão o ingazeiro, o araçazeiro, a aroeira e outras. Segundo, biólogos e especialistas, o impacto, sobretudo para a diversidade de pássaros que frequentam o parque, é enorme e imediato.