A mobilização de escritores andreenses e editores independentes, assim como a PRESSÃO DO VEREADOR Ricardo Alvarez (PSOL), fez com que o governo Paulo Serra recusasse da realização da FLISA 2023, a Feira Literária de Santo André.
O evento, agendado para acontecer no fim de semana do dia 19 de agosto, causou uma série de questionamentos da comunidade literária andreense pela falta de participação de artistas locais, da transparência no processo e pelo valor destinado para a feira.
De acordo com o edital publicado, a empresa SP Eventos receberia R$ 3,375 milhões por quatro dias de evento, o que foi questionado pelo vereador andreense em REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES protocolado na sessão da última terça, 8.
“Há vários problemas no processo de realização dessa feira, da qual aliás somos a favor de que aconteça, desde que a prefeitura aja com transparência e permita a participação popular e local nas decisões”, criticou Alvarez.
O valor destinado ao evento virou motivo de polêmica na cidade, uma vez que a verba é 47 vezes maior do que os R$ 72 mil destinados a artistas locais durante todo o mês de abril, nas comemorações do aniversário de Santo André.
O orçamento ultrapassa ainda o valor da maior e mais tradicional feira literária do Brasil, a Flip, que acontece na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, e tem reconhecimento internacional.
Também circulou em redes sociais e gerou indignação entre os produtores culturais, a informação de que apenas três artistas andreenses participariam do evento, sem receber qualquer tipo de remuneração.
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