Diferentemente do que vem sendo afirmado pela gestão Paulo Serra (PSDB), as dívidas da prefeitura sob a sua administração aumentaram em 22% desde que ele assumiu a cadeira de prefeito em 2017.
O valor tem como base a resposta de um REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO protocolado pelo vereador Ricardo Alvarez (PSOL) e respondido pela própria prefeitura sobre os endividamentos municipais.
A gestão Paulo Serra publicou um anúncio com verba pública em que afirma que reduziu a dívida da cidade em 80%, o que diverge das informações contidas no requerimento respondido pela administração.
“O prefeito afirma que saneou as contas municipais, mas isso é mentira. A prefeitura está com sérias dificuldades financeiras e ele está empurrando novas dívidas para as próximas administrações”, constatou o vereador Ricardo Alvarez.
Numa publicidade oficial de página inteira, publicada em jornal impresso no último dia 15 de junho, a administração afirma que fez um “choque de gestão reduzindo em 80% a dívida da cidade”.
De acordo com a planilha enviada pela prefeitura em resposta ao requerimento do vereador Alvarez, as dívidas relacionadas aos precatórios da cidade caíram 3%. Em compensação, as operações de créditos assumidos a longo prazo aumentaram 280%.
Já as dívidas assumidas pela administração – que envolvem o Instituto de Previdência, o parcelamento de fornecedores e o pagamento de INSS – subiram cerca de 25%, como pode ser conferido nas informações dadas pela prefeitura.
Resposta Rinf sobre dívidas da prefeitura
O vereador já afirmou que vai requerer novas informações da administração acerca dos dados inseridos na publicidade oficial, que divulga, entre outras coisas, a redução no número de secretarias municipais e a venda de 140 carros oficiais.
“Ambos os dados fornecidos pela prefeitura – ao nosso requerimento e os publicados em formato de propaganda na imprensa – são conflitantes. A conta não fecha”, afirmou Alvarez. “Ou a prefeitura mentiu na publicidade feita com dinheiro público ou mentiu na resposta ao requerimento da Câmara, o que é crime de improbidade”, completou.