A confirmação da saída da médica Regina Maura da presidência da Fundação do ABC neste 18 de abril, três meses após assumir o cargo, foi antecipada pelo vereador de Santo André, Ricardo Alvarez (PSOL), no início do mês.
Logo depois, no dia 6, a instituição soltou uma nota oficial de afastamento de 10 dias da presidenta sem muitas explicações. Na sessão do dia 7, o vereador protocolou um pedido de convocação de Regina Maura à Câmara de Santo André.
Em seu pedido de renúncia, a agora ex-presidenta da Fundação alega “motivos de foro íntimo e questões familiares” para a sua saída. Mas nos bastidores todos falam da disputa política que afeta a gestão da instituição e prejudica o atendimento à população.
“A crise na saúde, sobretudo em Santo André, não tem fim. A Câmara Municipal precisa agir e nós vamos levar a questão para discussão na sessão desta terça (19 de abril)”, afirmou o vereador do PSOL de Santo André.
Após a tentativa frustrada de emplacar o vereador Almir Cicote, que hoje é secretário da administração andreense, na Central de Convênios no ano passado, e a saída do secretário de Saúde, Márcio Chaves, agora o prefeito Paulo Serra enfrenta mais esta crise na FuABC.
Atualmente no comando da Fundação, foi dele a indicação da ex-secretária de Saúde de São Caetano, com a aprovação dos prefeitos tucanos Orlando Morando, de São Bernardo, e José Auricchio, de São Caetano, para a presidência da instituição regional.
Neste ano, a Faculdade de Medicina do ABC, que é uma instituição de mais de 50 anos gerida pela Fundação, perdeu os contratos de atendimento de urgência e emergência em Santo André para outra Organização Social de Saúde, a SPDM, o que também tem gerado crise interna.