O vereador de Santo André, Ricardo Alvarez (PSOL-SA), protocolou um PEDIDO DE CONVOCAÇÃO da recém empossada presidenta da Fundação ABC, Regina Maura, após o seu afastamento de 10 dias divulgado pela instituição na tarde desta quarta-feira, 6.

A notícia de uma possível demissão de Regina Maura foi divulgada em primeira mão na manhã de quarta pelas redes sociais do vereador andreense. Mais tarde, a Fundação confirmou o afastamento temporário em nota oficial sem dar mais detalhes.

“A crise por conta da interferência política na Fundação ABC continua, mesmo após a recente troca de comando da instituição. Queremos ouvir a presidenta para entender qual o motivo do afastamento”, afirmou Alvarez.

O requerimento de convocação protocolado na Câmara precisa da assinatura de ao menos 11 vereadores para ser aprovado. A convocação tem a finalidade de esclarecer informações acerca de contratos, orçamentos e da atual gestão, que assumiu há menos de 60 dias.

Histórico
Regina Maura foi eleita à presidência da Fundação ABC no dia 13 de janeiro e empossada para o biênio 2022/2023 em 10 de fevereiro, no lugar da antecessora, Adriana Berringer Stephan, que teve uma gestão marcada por polêmicas e diversos questionamentos jurídicos.

No início do ano, Maura foi indicada pelo prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), em consenso com os prefeitos de São Bernardo, Orlando Morando, e de São Caetano, José Auricchio, ambos também do PSDB, após escândalos na administração da Fundação.

No lugar de Regina Maura, assume o vice-presidente, Luiz Mário Pereira, que já exercia esta função na gestão anterior, da então presidenta Adriana Berringer, e foi reconduzido para o cargo na atual gestão 2022-2023.

A Fundação tem gestão chamada tripartite entre os três municípios do ABC, que se revezam na escolha do comando da presidência e da vice-presidência. Em 2022, a instituição teve aprovado um orçamento de R$ 3 bilhões, com um total de 26 mil funcionários.

“Os problemas persistem e são recorrentes na Fundação. Este afastamento temporário é apenas uma resposta pública e momentânea à atual situação. Precisamos saber o que de fato está emperrando o bom andamento da administração pública na instituição”, conclui Alvarez.