A segunda AUDIÊNCIA PÚBLICA para tratar da poluição no entorno do Polo Petroquímico do ABC avançou nesta quarta, 8, na Câmara de São Paulo e agregou novos atores à luta em defesa da saúde e do meio ambiente na região entre as cidades de Santo André, São Paulo e Mauá.

Encabeçada pelo vereador da capital, Alessandro Guedes (PT), a audiência contou novamente com a presença do vereador de Santo André, Ricardo Alvarez (PSOL), e desta vez com o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, do ambientalista Fábio Feldmann, e do prefeito de Mauá, Marcelo de Oliveira. Além de ambientalistas, ativistas e moradores que sofrem diariamente com os problemas daquela região.

Até o Cofip, Comitê representante das empresas do Polo Petroquímico, que não havia participado da primeira audiência, marcou presença. Isto foi considerado um avanço, uma vez que o conglomerado relutava em assumir a responsabilidade pela grave situação. A ausência da prefeitura de Santo André foi percebida.

“Eu considero esta audiência um avanço dado o acúmulo político desde o último evento. Não só pela qualidade dos participantes, mas pela presença de representantes do Polo, que terá que acabar com esse problema mais cedo ou mais tarde, uma vez que a responsabilidade da situação é dele”, comemorou o vereador Alvarez.

O Polo não havia enviado representantes para a primeira audiência pública e vem negando sistematicamente que o problema seja causado pelas empresas do complexo. Por ser uma questão intermunicipal, existe uma dificuldade ainda maior para articular os diversos municípios e comprovar os problemas de saúde e ambiental que atormentam moradores há tanto tempo.

Estiveram presentes mais uma vez, o promotor de Justiça do Meio Ambiente, José Luiz Saikali, a especialista doutora Maria ngela Zaccarelli, o vereador de Mauá, Geovane Correa (PT), e representantes do movimento ambientalista liderado pela ativista sueca Greta Thunberg, Fridays for Future.

“A característica intermunicipal da causa, se por um lado traz dificuldades, por outro cria uma frente de possibilidades, uma vez que envolve grandes municípios da região metropolitana, e levanta a questão ambiental que está posta diante deste problema persistente. Este é o saldo positivo da audiência”, fechou Alvarez.