A situação de crise sanitária e econômica sem precedentes em que o Brasil se encontra, um ano após a chegada do novo coronavírus ao País, é um dos momentos mais preocupantes para todos os brasileiros e brasileiras, mas sobretudo para a população mais pobre.

O estado de calamidade pública decretado no Brasil em março de 2020 – em Santo André desde 23 de março – impôs um isolamento e um fechamento de boa parte das atividades nas cidades, o que elevou a taxa de desemprego, hoje em mais de 14%, e agravou os índices de desigualdade social com o aumento significativo do subemprego.

A principal consequência dessa situação é o aumento da fome e o crescimento da insegurança alimentar e nutricional, que neste momento se impõem como tragédia e compromete a integridade física e mental da boa parte da população mais vulnerável em todas as cidades do país.

Para enfrentar essa situação emergencial, protocolamos um Projeto de Lei 24/2021, que visa garantir o acesso à alimentação saudável de forma regular e permanente com o objetivo de combater os diferentes níveis de insegurança alimentar e nutricional da nossa população, em Santo André.

Para ler o PL na íntegra, clique aqui.

Acreditamos nesse trabalho como instrumento de política pública municipal e definimos diretrizes para implementar a Política de Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos. Também prevemos a qualidade do alimento – desde a sua produção, passando pelo transporte e distribuição até a sua comercialização – para o consumo de forma justa e solidária.
Aliado ao nosso projeto de Auxílio Andreense – que garante uma renda mensal à população pobre de Santo André – e do cultivo de hortas comunitárias como forma de ocupação e geração de renda para pessoas em situação de vulnerabilidade é possível combater alguns os efeitos mais agudos da crise econômica e sanitária emergencialmente.

É essencial que as ações sejam articuladas para acontecer de forma interdisciplinar, com o envolvimento das diversas áreas do setor público para otimizar o trabalho e atingir os mais de 100 mil moradores e moradoras que se encontram em situação de pobreza na cidade, de acordo com o CadÚnico. Precisamos começar já!