O nosso mandato protocolou hoje, 20, um projeto de lei para barrar a volta às aulas presenciais no dia 18 de fevereiro (escolas particulares) e 2 de março (escolas públicas), como determinou o prefeito Paulo Serra, em Santo André.

Para ler o projeto na íntegra, clique aqui.

A decisão foi tomada em conjunto pelos sete prefeitos da região do ABC há mais de duas semanas, quando ainda não havia sido iniciado o processo de imunização contra a Covid no Brasil e sem qualquer consulta à comunidade escolar do município.

As cidades de todo o país passam pelo recrudescimento da pandemia justamente no momento em que ultrapassamos o número de 210 mil mortes. Consideramos ainda uma possível mutação do vírus que pode elevar os números de contágio.

Defendemos a necessidade de um plano emergencial municipal claro e transparente, que abra diálogo com os gestores da educação, os sindicatos, os conselhos e os representantes da educação e da saúde de nossa cidade.

A falta de insumos para a produção do imunizante em larga escala nesse momento é um grave indicador de que a vacinação vai acontecer a conta gotas no Brasil. Além disso há a possibilidade de atraso no cumprimento da agenda de vacinação.

Esse é mais um dos motivos para incluir toda a comunidade escolar no grupo prioritário – que deve receber a vacina na primeira fase do plano de imunização, junto de profissionais da saúde, pessoas idosas e indígenas.

Não temos motivo para expor nossos estudantes, profissionais da comunidade escolar e toda a nossa sociedade em nome de um retorno apressado e cheio de protocolos que em nada vai resolver a situação dos nossos alunos e alunas. Ao contrário, vai colocá-los em risco.

Precisamos garantir uma volta segura e ininterrupta às salas de aula. O conteúdo é possível recuperar. Vidas não!